terça-feira, 5 de junho de 2012

"Poluição sonora: Som das ruas prejudica audição."

"Com o crescimento desordenado das cidades e o surgimento das grandes indústrias, as pessoas passaram a conviver com a poluição de lagos, rios e das próprias metrópoles. Nesse cenário, um outro tipo de poluição que não pode ser visto e com o qual as pessoas de certa forma se acostumaram pode ser considerado um dos maiores problemas da vida moderna: a poluição sonora.
Todo ruído que causa incômodo pode ser considerado poluição sonora. A noção do que é barulho pode variar de pessoa para pessoa, mas o organismo tem limites físicos para suportá-lo. Barulho em excesso pode provocar surdez e desencadear outras doenças, como pressão alta, disfunções do aparelho digestivo, insônia, irritação da pele e até mesmo impotência sexual. Distúrbios psicológicos também podem ter origem no excesso de ruído.
Segundo a Organização Mundial da Saúde - (OMS), o limite tolerável ao ouvido humano é de 65 dB (A). Acima disso, nosso organismo sofre estresse, o qual aumenta o risco de doenças. Com ruídos acima de 85 dB (A) aumenta o risco de comprometimento auditivo. Dois fatores são determinantes para mensurar a amplitude da poluição sonora: o tempo de exposição e o nível do barulho a que se expõe a pessoa.
A perda da audição, o efeito mais comum associado ao excesso de ruído, pode ser causado por várias atividades da vida diária. Há, por exemplo, perda de 30% da audição nos que usam aparelhos como mp3 players durante duas horas por dia durante dois anos em níveis próximos de 80 dB (A). Calcula-se que 10% da população do país possua distúrbios auditivos, sendo que, desse total, a rubéola é responsável por 20% dos casos. Atualmente, cerca de 5% das insônias são causadas por fatores externos, principalmente ruídos.
O ruído de trânsito de veículos automotores é o que mais contribui na poluição sonora e cresce muito nas grandes cidades brasileiras, agravando a situação. Já no âmbito doméstico, a poluição sonora ocorre pela emissão de ruídos acima das especificações produzidas por eletrodomésticos.
E o que pode ser feito para proteger sua casa do barulho das ruas? Para os especialistas, a melhor proteção é a prevenção. Os engenheiros conseguem calcular o nível de ruído ainda na planta e escolher o material mais adequado para o isolamento acústico ideal. Em relação a prédios comerciais e industriais é necessário apresentar um projeto acústico para que a obra seja aprovada.
O mesmo não é exigido na construção de prédios residenciais. As leis sobre a emissão de ruídos, que se baseiam nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) não são aplicáveis aos níveis de isolamento residencial. Assim o consumidor tem mais dificuldades de exigir que seu imóvel seja bem isolado acusticamente e o proteja do barulho que reina do lado de fora.
Por se tratar de problema social difuso, a poluição sonora deve ser combatida pelo poder público e pela sociedade, individualmente, com ações judiciais de cada prejudicado, ou coletivamente, através da ação civil pública (Lei 7.347/85), para garantia do direito ao sossego público."


Retirado de: http://www.transaltransportes.com.br/noticias/poluicao-sonora-som-das-ruas-prejudica-audicao

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


"Bragança perdeu mais de 12 mil habitantes"



"O distrito de Bragança perdeu na última década mais de 12 mil habitantes, segundo os resultados preliminares do Censos 2011, que confirmam a tendência de desertificação do interior do país, sobretudo das zonas rurais.

De acordo com as estatísticas oficiais, este distrito perdeu 12424 pessoas, passando de uma população de 148883 habitantes para 136459.
Entre os 12 concelhos, todos perderam população, com a excepção de Bragança que ganhou 595 pessoas.
O concelho de Mirandela, o segundo maior do distrito, foi o que mais gente perdeu, mais de 1900 habitantes, apesar de a cidade ter ganhado mais 900 residentes.
Para o presidente da Câmara de Mirandela, José Silvano (PSD), os números confirmam que "é clara e objectiva a sangria do interior" e mais preocupante das zonas rurais.
Segundo o autarca social democrata, mais de metade da população do distrito está concentrada nas três maiores cidades: Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros.
"As aldeias estão cada vez mais vazias, só têm idosos", afirmou. Na opinião do autarca, a população que vai ficando na região concentra-se nos maiores núcleos urbanos porque é aí que ainda vai havendo emprego.
A criação de postos de trabalho é o caminho que o autarca entende deve ser seguido para inverter a tendência de despovoamento, mas ressalva que "já não passa por medidos regionais".
"Se não houver uma operação integrada que crie emprego para fixar pessoas" o problema não se resolve, na opinião de José Silvano que defende a necessidade de "uma política nacional" neste sentido.
Apesar a região ter cada vez menos gente, o número de famílias cresceu ligeiramente de 55608 para 55779 e a construção disparou com os alojamentos disponíveis a corresponderem a quase o dobro das famílias, subindo de 94238, em 2001, para 100667.
O distrito ganhou mais de dois mil edifícios, contabilizando actualmente 84442 contra os 82067 de 2001.
Em termos estatísticos, Bragança dispõe de uma casa para quase cada habitante, já que de acordo com os dados dos Censos 2011, existe uma alojamento para cada 1,3 habitantes."



retirado de:

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=1893707&page=-1

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Pobreza diminuiu mas ainda é predominante nas áreas rurais




"Pobreza diminuiu mas ainda é predominante nas áreas rurais"


"A pobreza global mantém-se um fenómeno predominante nas áreas rurais, apesar dos progressos das últimas décadas, que salvaram mais de 350 milhões de camponeses da miséria extrema, revela um documento do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola.

O documento do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com o título "Relatório sobre a Pobreza Rural 2011", revela que nos últimos dez anos a taxa total de pobreza extrema registada em áreas rurais de países desenvolvidos - pessoas que vivem com menos de 1,25 dólares por dia - diminuiu de 48% para 34%.
Os autores do estudo destacam um aumento "alarmante" no número de pessoas extremamente pobres nas zonas rurais da África subsariana, ainda que a percentagem de indivíduos que vive com menos do equivalente a 1,25 dólares por dia, calculado em 62%, caiu ligeiramente desde que a FIDA divulgou o seu primeiro relatório em 2001.
O estudo também revelou a persistência da pobreza em áreas rurais no sul do continente asiático, que alberga metade dos mil milhões de pessoas afectadas pela miséria extrema que habitam em zonas campestres do mundo.
A crescente volatilidade no preço dos alimentos, o efeito das mudanças climáticas e uma série de limitações ao nível dos recursos naturais, entre outros fatores, vão complicar os esforços futuros para reduzir a pobreza em zonas urbanas, aponta o estudo.
No entanto, defende que as profundas mudanças sentidas nos mercados agrícolas estão a gerar oportunidades prometedoras para os pequenos agricultores.
Com essas mudanças será impulsionada, de forma significativa, a sua produtividade, necessária para assegurar que haja comida suficiente para a população cada vez mais urbanizada, que, segundo estimativas, poderá atingir os nove mil milhões de pessoas antes de 2050.
Ao mesmo tempo, o estudo adianta que continua a existir "uma necessidade urgente de investir mais e melhor na agricultura e nas zonas rurais".
Além da quebra na pobreza extrema nas zonas rurais em países desenvolvidos, o estudo revela outros progressos significativos alcançados durante a década passada, como a descida no índice geral de pobreza de dois dólares por dia em áreas rurais, que passou de 79% para 61%.
Também se observou que durante os últimos dez anos, nas zonas rurais do leste asiático, em especial na China, diminuiu o número de pessoas extremamente pobres em cerca de dois terços, passando de 365 milhões para 117 milhões, igual na taxa de pobreza extrema, que caiu de 44% para 15%.
O documento destaca progressos feitos noutras regiões, como a descida do índice de pobreza extrema em zonas rurais em mais de metade da América Latina e em quase metade de Médio Oriente e norte de África."


retirado de;
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1728396